Vasculites

As vasculites são um grupo de doenças que causam inflamação dos vasos. Esses vasos podem ser artérias ou veias. Há muitos tipos de vasculites e a denominação da doença vai depender do conjunto de características clínicas e laboratoriais associado ao tipo de vaso acometido, ou seja, se são veias e/ou artérias, se são pequenos, médios ou grandes vasos.
Em geral, vasculites são doenças raras e podem atingir todos os sexos e pessoas de idades diferentes.

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Sintomas

Os sintomas variam de acordo com o tipo de vasculite e podem ocorrer pela oclusão ou redução do calibre do vaso, levando à diminuição do fluxo sanguíneo para os locais necessários. Alguns dos sintomas são:

  • Falta de ar;
  • Tosse;
  • Chiado no peito;
    Fraqueza ou dor nas pernas e/ou braços mediante o esforço ou mesmo ao repouso;
  • Presença de manchas arroxeadas na pele (chamadas de púrpuras ou petéquias);
  • Formação de úlceras e nódulos.

 

Quando há acometimento renal, geralmente, não é percebido pelo paciente, mas pode haver alterações no exame da creatinina e da urina.

Tratamentos

O tratamento varia de acordo com o diagnóstico do tipo de vasculite. Podemos utilizar os glicocorticóides, geralmente, quando a doença está ativa. Os imunossupressores sintéticos serão indicados conforme gravidade do acometimento sendo muitas vezes necessários para induzir a remissão da doença. Além disso, sua utilização visa manter a doença em remissão, ou seja, sem manifestações clínicas, com as menores doses de corticoesteróides necessárias.

Algumas drogas imunobiológicas, como os anti-linfócitos B, Anti- fator de necrose tumoral e os anti-interleucina 6, são opções de tratamento, mas a escolha dependerá do tipo de vasculite diagnosticado. Outros tratamentos que podemos lançar mão em casos específicos são a Imunoglobulina venosa humana e a Plasmaférese.

Já as cirurgias são reservadas para casos muito específicos e isso deve ser decidido caso-a-caso: bypass vascular (que é o desvio do fluxo sanguíneo pulando a parte estenosada), reconstrução nasal, em alguns casos, e transplante renal.

Perguntas Frequentes

Segundo a classificação mais utilizada, que baseia-se no tamanho do vaso, temos os seguintes tipos:

  • Vasculites de grandes vasos (afeta a aorta e seus ramos): arterite temporal e arterite de takayasu;
  • Vasculites de médios vasos: poliarterite nodosa e doença de kawasaki;
  • Vasculites de pequenos ou médios vasos: vasculites ANCA associadas;
  • Pequenas artérias: Vasculite por IgA, vasculite induzida por drogas, vasculites secundárias a outras doenças auto-imunes, doença antimembrana basal glomerular;
  • Vasculite de artérias e veias e de pequenos e grandes vasos: Doença de Behçet e Policondrite recidivante.

Primeiramente é necessária a suspeita clínica que se dá através da história clínica, exame físico e por achados em exames laboratoriais. Alguns exames que podem ser solicitados de acordo com essa suspeita são:

  • Angiotomografia, angiorressonância ou angiografia, principalmente, quando se trata de vasculites de grandes e médio vasos, como Arterite de takayasu;
  • Biópsia: dependendo do local de acometimento, esse exame é importante para a confirmação do diagnóstico. Em alguns casos, é necessária biópsia do pulmão, dos rins, de certos vasos ou mesmo da pele;
  • Exames laboratoriais específicos de acordo com a suspeita clínica.

Nas causas de vasculite, parece haver um componente genético que predispõe o desenvolvimento da doença. As vasculites são doenças autoimunes em que o principal local de acometimento são as paredes dos vasos.

Alguns fatores relacionados ao desenvolvimento de vasculites são: infecções crônicas por hepatite C e hepatite B e reações a medicamentos. Além disso, ela pode ser secundária a outras doenças reumáticas como Lúpus Eritematoso Sistêmico, Artrite Reumatóide e Síndrome de Sjogren. Mas, a maioria dos casos de vasculites não tem esses fatores associados.

Dra. Juliana Silvatti

Reumatologista • CRM: 162.514

A Dra. Juliana Silvatti é formada em medicina pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). Decidiu que se tornaria médica, com a missão de ajudar as pessoas e fazer a diferença diariamente na vida delas, promovendo saúde, bem-estar e qualidade de vida dentro das possibilidades da realidade de cada paciente.

Fez residência em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP – EPM). Possui Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia.

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