Como é Feito o Diagnóstico de Fibromialgia

A fibromialgia é uma síndrome complexa caracterizada por dor muscular difusa, fadiga persistente, alterações do sono e sensibilidade aumentada em diversas regiões do corpo.
Por não apresentar alterações visíveis em exames laboratoriais ou de imagem, o diagnóstico da fibromialgia ainda é um dos maiores desafios da medicina moderna — exigindo uma avaliação clínica detalhada feita por um reumatologista.

Neste artigo, a Dra. Juliana Silvatti, reumatologista especializada em doenças autoimunes e dores crônicas, explica como identificar os sinais da fibromialgia, quais exames são solicitados e como é feito o diagnóstico preciso da doença.

O Que é a Fibromialgia

A fibromialgia é uma condição de sensibilização central, ou seja, o cérebro e o sistema nervoso passam a processar os estímulos de dor de forma exagerada.
Mesmo sem inflamação ou lesões musculares, o paciente sente dores constantes e generalizadas, associadas a sintomas físicos e emocionais.

Como o Diagnóstico é Feito

O diagnóstico da fibromialgia é clínico, baseado na observação dos sintomas e na exclusão de outras doenças.
A Dra. Juliana Silvatti explica que o processo é feito em etapas:

1. Avaliação dos Sintomas

O primeiro passo é ouvir atentamente o relato do paciente.
Os principais sinais que indicam fibromialgia são:

  • Dor difusa em várias partes do corpo há mais de 3 meses
  • Fadiga constante e sono não restaurador
  • Dificuldade de concentração e lapsos de memória (“nevoeiro mental”)
  • Rigidez muscular e dor ao toque
  • Ansiedade, depressão ou alterações de humor

O padrão da dor e o impacto na rotina diária ajudam o médico a reconhecer a síndrome.

2. Critérios Diagnósticos Atuais

De acordo com o Colégio Americano de Reumatologia (ACR), o diagnóstico é baseado em:

  • Dor em pelo menos 4 das 5 regiões do corpo
  • Sintomas persistentes há mais de 3 meses
  • Ausência de outras doenças que expliquem os sintomas

Não é mais necessário o “teste dos 18 pontos dolorosos”, mas a sensibilidade muscular ainda é considerada no exame físico.

3. Exames Complementares

Embora não haja um exame específico que confirme a fibromialgia, alguns testes são realizados para excluir outras causas de dor crônica, como:

  • Exames de sangue: avaliam hormônios da tireoide, função renal, anemia e marcadores inflamatórios.
  • Exames de imagem (ultrassom, ressonância): ajudam a descartar doenças articulares ou inflamatórias, como artrite reumatoide e lúpus.

Esses exames são fundamentais para garantir um diagnóstico preciso e seguro.

4. Avaliação Multidimensional

A Dra. Juliana Silvatti reforça que o diagnóstico da fibromialgia não se resume à dor: é necessário compreender o impacto emocional, o sono e os hábitos de vida do paciente.
Por isso, a abordagem é multidisciplinar, podendo envolver psicólogos, fisioterapeutas e educadores físicos.

Por Que o Diagnóstico Precoce é Tão Importante

Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, mais rápido o paciente inicia o tratamento adequado — reduzindo crises de dor, fadiga e sofrimento emocional.
Além disso, um diagnóstico correto evita tratamentos desnecessários, uso excessivo de medicamentos e ansiedade por falta de respostas.

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