É uma doença reumática autoimune de alta prevalência na população. Estima-se que a prevalência seja de 0,5 a 1% das pessoas vivendo com Síndrome de Sjögren, cujos principais sintomas são olhos e boca secos.
A Síndrome Sjögren pode ser primária, quando não está associada a outra doença, ou secundária, quando associada a outra doença, como Lúpus Eritematoso Sistêmico, Artrite Reumatóide e Esclerose Sistêmica.
Os principais sintomas são olhos e boca secos. A redução de lágrima pode promover irritação, vermelhidão e sensação de areia nos olhos. Dependendo do grau de ressecamento, pode haver lesões na córnea, o que deve ser acompanhado em conjunto com o oftalmologista.
A redução da saliva pode aumentar o risco de cáries, inflamação da gengiva, infecções por fungos e dificuldade para engolir alimentos secos. Pode haver ressecamento nasal, vaginal e da pele.
Um outro achado comum são as inflamações de repetição das parótidas (chamadas de parotidite recorrente). Quando isso acontece, há o aumento destas glândulas que é percebido como uma nodulação próxima ao pescoço.
De forma menos comum, pode haver acometimentos não glandulares, ocorrendo quadros de dor e edema articular, de inflamação dos nervos periféricos, encéfalo ou medula espinhal, pulmonar, renal, pele e de pequenos vasos (vasculites).
Para o tratamento do olho seco, que deve ser feito em conjunto com o oftalmologista, podem ser usadas lágrimas artificiais sem conservantes, colírio de específicos contendo inibidores da calcineurina e, em alguns casos, é necessária a oclusão de pontos lacrimais.
Para a boca seca, é orientada a ingestão de água frequentemente e goma de mascar sem açúcar, além de evitar tabagismo e bebidas alcoólicas e utilizar saliva artificial. Em alguns casos, pode-se utilizar estimuladores de saliva.
Em alguns quadros, principalmente de acometimento extraglandular, utilizamos imunossupressores sintéticos ou biológicos, de acordo com o local e gravidade da manifestação.
Visitas ao dentista são muito importantes para quem tem síndrome de sjogren, devido ao aumento do risco de cáries nesses pacientes.
Além disso, deve-se consultar regularmente o oftalmologista para um bom manejo dos olhos secos e avaliação de lesões de córnea. De acordo com as manifestações, algumas vezes é necessário seguimento em conjunto com o pneumologista e neurologista.
Além da ingesta hídrica e do uso da saliva artificial, são indicados cremes dentais especiais (sem lauril sulfato de sódio). Deve-se evitar enxaguante bucal com álcool, trocando por aqueles específicos para quem tem boca seca.
Além disso, se possível deve-se suspender medicações que pioram o quadro de boca seca, como antidepressivos tricíclicos, anti espasmódicos e anti-histamínicos.
Nem sempre. Os olhos e a boca secos são os achados mais predominantes, porém, devem ser excluídas outras causas, como uso de medicações que levam à redução da secreção glandular, tempo excessivo no ar condicionado e até mesmo outras doenças reumáticas.
Para o diagnóstico é de grande auxílio a avaliação do oftalmologista para comprovação dos olhos secos e alguns testes padronizados que determinam se há, realmente, redução na lubrificação ocular.
Quanto a exames laboratoriais a presença do FAN (fator antinúcleo) positivo e de outros autoanticorpos, como o Anti-Ro e Anti -La, e fator reumatóide podem ajudar, mas não estão sempre presentes. Nesses casos, a biópsia das glândulas salivares menores é fundamental.
Reumatologista • CRM: 162.514
A Dra. Juliana Silvatti é formada em medicina pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). Decidiu que se tornaria médica, com a missão de ajudar as pessoas e fazer a diferença diariamente na vida delas, promovendo saúde, bem-estar e qualidade de vida dentro das possibilidades da realidade de cada paciente.
Fez residência em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP – EPM). Possui Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia.
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