A fibromialgia é uma síndrome dolorosa em que a causa não é bem definida, mas sabemos que não estão envolvidos mecanismos autoimunes ou inflamatórios. Acredita-se que algumas vias do cérebro responsáveis pela percepção da dor estão alteradas.
Existem alguns fatores que podem desencadear ou piorar o quadro de dor na fibromialgia, como dores articulares ou na coluna, estresse físico e estresse psicológico.
Ela caracteriza-se por dor difusa, aumento da sensibilidade, dor a estímulos leves, como um toque associado à fadiga (cansaço, indisposição), alteração do sono (dificuldade para dormir, despertares durante a noite, sono não reparador), alterações de memória e dificuldade de raciocínio.
Frequentemente vem acompanhada de quadros de ansiedade, depressão, síndrome do intestino irritável e alterações da articulação temporo-mandibular.
A meta do tratamento é promover alívio da dor, melhora da fadiga e da qualidade do sono. Envolve tratamento não medicamentoso e medicamentoso.
Como medidas não farmacológicas, temos a atividade física que nos estudos foi a intervenção que se mostrou como a mais eficaz para o tratamento da fibromialgia. O exercício pode respeitar a escolha individual, mas ele tem que ser contínuo, com duração de pelo menos 30 minutos e com roupa adequada.
Já entre as medidas farmacológicas temos os medicamentos que permitem melhorar os gatilhos de dor, o uso de analgésicos simples, e, em alguns casos, anti-inflamatórios que podem ter benefício em dores focais, como as que acometem a lombar e as decorrentes de osteoartrite.
Em relação à medicamentos mais específicos, disponibilizamos os relaxantes musculares, antidepressivos, e anticonvulsivantes, Essas medicações devem ter seu uso individualizado de acordo com as manifestações de cada um.
Uma das medidas é a terapia cognitivo comportamental baseada em como os pensamentos e comportamentos podem afetar sintomas como a dor, por exemplo. Permite maior enfrentamento da doença. Outro aliado da pessoa que vive com fibromialgia é a acupuntura, uma intervenção de baixo risco e que pode auxiliar muito no manejo da dor.
Por fim, não podemos deixar de falar da fisioterapia que pode auxiliar no alívio de contraturas musculares e pontos miofasciais, além de ser uma aliada no tratamento de lesões osteomusculares que são gatilhos para as crises de dor na fibromialgia
Doenças como artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico e osteoartrite estão associadas à fibromialgia. Essa associação ocorre devido ao fato de serem condições que podem levar à dor crônica.
O diagnóstico é clínico, ou seja, é realizado através de história clínica e exame físico. Não há um exame específico, mas, geralmente, são solicitados exames complementares de acordo com as suspeitas clínicas realizadas na consulta com o reumatologista com o objetivo de descartar outros diagnósticos.
Reumatologista • CRM: 162.514
A Dra. Juliana Silvatti é formada em medicina pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). Decidiu que se tornaria médica, com a missão de ajudar as pessoas e fazer a diferença diariamente na vida delas, promovendo saúde, bem-estar e qualidade de vida dentro das possibilidades da realidade de cada paciente.
Fez residência em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP – EPM). Possui Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia.
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